Palestra sobre o filme: "O Homem ao Lado"

A CASA:

A casa chama bastante atenção por ser um espaço muito grande, fragmentada, e fria. Na verdade, não parece uma casa, parece um espaço cultural, um escritório moderno, um espaço urbano, uma extensão da rua. Seja pela quantidade de vidros que dá direto para rua, pela falta de muro ou algo similar que realizaria uma diferenciação ou limite entre o privado e o público, pela própria árvore no meio dela, que indica que a casa é incorporada à paisagem da rua, como se a casa estivesse no meio ou junto mesmo da rua.

Tanto que aqueles que passavam, paravam para olhar, tentar compreender aquele espaço que não parecia público nem privado, ficava num entre.

O fato de ter sido criada por um arquiteto famoso creditava à mesma, algo de notório, de valoroso em si.Arquiteto esse que seria voltado para construções em espaços públicos.

O curioso é que a casa do sujeito que está indignado com a possível presença do outro na sua vida, é uma casa devassada, com uma visibilidade extraordinária.

No entanto, enquanto essa visibilidade está pautada num conceito arquitetônico que o protege de uma verdadeira visibilidade (exposição ao outro) e necessidade de contato com o mundo externo, ele sente-se “protegido”, ou “assegurado”. Quando a concretude do martelo lhe arromba a parede, ele não suporta e grita.

A fragilidade da casa é imensa em diversos aspectos: na questão da segurança, na falta de acolhimento, na falta de demarcação dos espaços internos deixando tudo e todos à mostra e visíveis, expostos e banais. Como se não pudesse e não precisasse haver intimidade.

Podemos pensar que a fragilidade da casa seja muito próxima à fragilidade dos moradores. E se assim for, uma reforçaria ou incrementaria a fragilidade da outra num pacto ilusório de proteção ou defesa.

Se pudermos pensar, que essa casa originalmente foi feita por um arquiteto urbanista que revolucionou a arquitetura e tinha como pilar principal fazer com que a vida e dinâmica urbana, pudessem caber num prédio; podemos inferir que a casa aqui pensada é uma casa que guarda essa ideia principal: um misto de escritório e casa. Tal qual a encomenda do médico que primeiro a habitou e queria juntar seu ofício e sua moradia.

“O vão de concreto na porta delimita um pouco a entrada da casa”, diz o professor de arquitetura aos seus alunos. E nessa hora olhamos para aquilo que ele aponta e é impactante: a invenção limite entre aquilo que pretende ser uma fronteira entre o público e o privado. Uma construção que revela a sofisticação do código social que deve ser defendido no limite de sua fragilidade tal como os seus moradores o fazem em suas vidas.

O professor fala para os alunos que a casa oferece simplicidade, comodidade, harmonia. Mas, de fato, não é o que vemos. Encontramos complexidade, linhas retas, objetos não confortáveis, ausência de curvas, muitos elementos que não traduzem harmonia e sim pragmatismo, frieza, rigidez e falta de vida.

A mulher que quer entrara na casa porque a internet diz que se pode entrar

LOLA E VICTOR

Victor monta um cenário com muitos objetos vivos e criativos para Lola. Faz um teatrinho para ela e a encanta com os movimentos e a originalidade dos atos. Tudo muito divertido, lúdico e espontâneo. O mais interessante é a “doação”, o fazer para o outro e com o olhar do outro, o acompanhamento, a interação, parece interessar muito a ele. E nessa hora nos surpreendemos com o olhar atento e a expressão de alegria da menina. Menina essa que não era convocada para nada, estava anestesiada no seu quarto formatado e numa coreografia repetida. Lola aplaude o ato final e Victor agradece feliz. Finalmente um ponto de contato leve, alegre, sutil e verdadeiro no filme. Essa cena tem muita vitalidade. E Victor aparece pela primeira vez, dócil, desarmado, com um sorriso estampado.

COMO PODEM SE ESTRUTURAR AS RELAÇÕES:

Podemos pensar quantas estruturas relacionais são produzidas e mantidas com essa mesma base. O sujeito constrói um modo de responder e solicitar o outro que segue um ritmo educado, civilizado, dócil, cordial, onde o afeto se apresentaria na superfície sob a legenda de: “eu espero que você faça isso, ou se comporte de tal modo para mim e eu me comprometo a lhe retribuir do mesmo lugar”. Assim não seria suposto a nenhum desses sujeitos: desejar algo que fosse fora desse campo codificado de demanda politicamente correta da cordialidade.

Se algo não fosse respondido desse lugar, um estranhamento sob forma de reprovação daria conta de uma volta do sujeito à normalidade ou regramento da relação.

LEONARDO E VICTOR (suas dinâmicas):

O início do filme revela muito do mesmo: a cena das marteladas na parede parece indicar que algo se pretende enunciar, se fazer saber, contactar, por marteladas. Uma forma dura, explícita, crua e selvagem de se apresentar.

Somos colocados - pelo próprio enquadre da cena - no lugar daqueles que estão dormindo e são despertos por essa convocação. Algo incômodo, invasivo e assustador.

O sujeito percorre os espaços vazios e inclinados de sua casa para conseguir encontrar-se com o barulho que o tomou de assalto.

Ao se surpreender com um buraco à sua frente que escancarava uma visão daquilo que parecia não querer ver: o “outro”, indigna-se, perguntando o que estão fazendo, e nesse momento o que parece estar perguntando é: “como ousam infringir um código social o qual garante que a privacidade de um não pode ser violada por outro à marteladas e “esburacamentos”. Ou seja: “como me invade barbaramente dessa forma, sendo eu alguém que construí as barreiras “necessárias” sociais para ter minha privacidade.

Bom, mas o que nos caberá pensar aqui é o que significa essa família nessa casa; e quem é esse homem ao lado, o vizinho; o que representa o ato de querer abrir um canal da sua casa para fora sob o motivo de receber luz? O que essa metáfora “luz” representa de fato na vida desse sujeito?

O que faz irromper a barreira da parede e precisa encontrar o outro sob o forte barulho do martelo? E o que não suporta essa família?

É dissonante a maneira como o Victor fala com Leonardo e o modo como provocou o contato. Um é cauteloso, sutil e o outro é grosseiro e invasivo.

Quando Victor diz que precisa abrir a janela para ter alguns raios de sol. A expressão “um lugar ao sol” imediatamente nos salta. Victor quer um lugar ao sol? Victor quer um lugar ao sol?

Victor não compreende a dificuldade de Leonardo de lidar com a visibilidade.

E para Leonardo proteger-se da visibilidade é algo muito importante ilusoriamente.

Os motivos apresentados por Leonardo para a não proximidade são muito fracos e distantes (roupa no varal, a mulher e a filha serem vistas).

E nessa hora fica muito claro que os dois lidam com o mundo de forma muito antagônica: enquanto um diz que a regra social não importa o que importa é o contato, ainda que esse precise vir de uma forma impositiva, o outro diz que o código social é o balisador da relação, tudo se dá a partir dele, sem intimidades, afeto ou contato.

O exagero de um reflete a radicalidade do outro. E ambos parecem contactara realidade por mecanismos defensivos fortes.

Onde um parece querer se isolar, se blindar, o outro parece querer se lançar, se projetar em direção aquele que está a sua frente. Ambos os movimentos falam de um não caber em si, de um transbordamento, de um não saber de si, de uma busca para além ou aquém de si por um apaziguamento, um bem estar.

Em vários momentos Leonardo tenta finalizar a estória e Leonardo apela para uma compreensão e intimidade exageradas.

A hesitação de Leonardo diante do Victor, a obediência, a aderência ao risco.

A proposta da escotilha. Leonardo coloca a culpa na mulher: inflexível e obsessiva.

Leonardo se queima com o mate de Victor.

Em todas as conversas Victor o intimida através daquilo que parece ser justo seu ponto mais frágil: a intimidade. Victor ao impor uma intimidade com ele e agir dessa forma sem pedir licença ou pedir autorização, faz Leonardo sentir-se sem defesas.

Ao ser intimado para sair com Victor, Leonardo não consegue nem responder, fica atônito. Mas, vai.

Ao longo do filme vemos o desespero crescente de Leonardo, a tranquilidade do Victor e a frieza de Ana

Victor aparece no plástico da janela como um bebe saindo do útero. Uma metáfora que nos impacta, pois expressa sua necessidade de amparo.

Os presentes de Victor.

ANA E VICTOR

O elemento cultural entra em cena, pela fala da mulher: peça o contato dele, pela via do celular. Isso nos chama mais uma vez a atenção: para contrapor o código selvagem dos golpes do martelo, o celular parece um dispositivo frágil e incompatível. O desencontro de Ana e Victor aparece nesse descompasso das ferramentas utilizadas para ir ao mundo.

Ficam tentando entender o porquê do plástico, quase que como querendo entender se Victor desistiu mesmo da ideia ou se apenas interrompeu a obra temporariamente. A não visibilidade nessa hora incomoda muito aos dois.

ANA

As contradições de Ana aparecem na sua aula de yoga. Não suporta o barulho da reforma do vizinho. Numa aula de yoga e meditação o que se exercita é justo a possibilidade de convivência com as adversidades, a possibilidade de conviver em harmonia com tudo que está a sua volta. Sua proposta parece estar num nível muito superficial. Interrompe a aula bruscamente.

O OLHAR DO PEDREIRO E DO VICTOR DIANTE DA INTERDIÇÃO AUTORITÁRIA

O olhar que para no ar do pedreiro, quando é impedido de continuar a fazer algo que lhe parece muito natural, parece indicar a internalização de uma norma autoritária. Um mecanismo psíquico que parece revelar a percepção do quanto a injustiça, o desmando, ou a autoridade ilimitada existem e podem ser exercidos sem pudor; a apreensão do momento da desumanidade, o momento que marca que o outro não se incomoda, não se importa, não empatiza com você. Um olhar de quem aprendeu que dali em diante não adianta seguir porque o sujeito colocou na sua frente uma interdição forte e poderosa. Ou seja, lhe apresentou o código duro da lei; não há negociação.

LOLA

A filha do casal vem ver o que está acontecendo. Parece ter se interessado e ficado curiosa pelo movimento.

Lola faz contato com Victor desde o primeiro momento. Ele a reconhece e dá um adeuzinho. Não a ignora.

Lola parece viver num mundo a parte, no seu quarto e com um fone de ouvido treinando uns passos de dança. Parece alheia à família.

LEONARDO E ANA

Leonardo diante daquele buraco, daquele escancaramento à sua frente, profere a seguinte frase: “que país feio! Caramba!” e a mulher, complementa: “um horror”. E nesse momento, lembramos da frase: “narciso acha feio aquilo que não é espelho”. Nesse casal, havia um acordo muito fechado do que era bom, belo, e transitável. A diferença não era suportada. E mais que isso, precisava ser banida. E isso nos faz pensar sobre o funcionamento psíquico que erige - através das defesas - formas de manutenção de um estado que se constitui por elementos que se afastam de um núcleo onde o desprazer um dia foi enunciado.

E nessa hora nos perguntamos o que esses dois estão fazendo nesse país, tão detestado.

É possível suportar o não afeto desde que haja o asseguramento do código social estável, aparentemente seguro.

A arte estética, cumprindo um papel pesado de informar ao sujeito que há funções específicas e impositivas e que o mesmo deve segui-las, passando por ele, validando-o no espaço e ato cotidiano de ir e vir.

Ana cobra do Leonardo uma atitude e ele, responde como marido. Aquele que mantém o pacto da superficialidade e isolamento do casal e é recompensado com um beijinho. O selinho entre os dois é enunciado, atuado e reforça o acordo.

O cuidado de Ana e Leonardo com a segurança da família é muito ineficiente, próprio do mecanismo obsessivo. Montam um grande esquema de falsas seguranças e nesse mesmo ato deixam de observar aquilo que de fato os fragilizam. A casa chama muitíssimo atenção e é totalmente vulnerável a entrada de qualquer um. As admirações, as bajulações e a fama parecem ofuscar aquilo que seria um perigo real. Quase como que o ego bem lustrado por essas falsas garantias tornasse opaca ou invisível a função verdadeira de proteção de um eu.Um eu que se bem contactado, se perceberia em notória ameaça. Ainda que este mecanismo seja inconsciente, chama atenção a exposição que se colocam. Quase que numa vitrine.

Em algum lugar as defesas falham um pouco e não se sentem seguros, chegam a chamar alguém para instalar alarmes na casa, mas ainda assim, resistem a qualquer tipo de instrumento que lhes tirem a visibilidade. E acabam por optar por algo, que faz as vezes, de uma “proteção”: um botão de pânico. Esse instrumento faz de conta que protege e eles fazem de conta que se sentem seguros e assim podem seguir sem fazer mudança alguma.

Chama atenção a forma rude, violenta e de desprezo com que eles se falam quando um anão atende ao outro

Leonardo tem uma discussão com Ana e diz muito irritado para ela que não agüenta mais ela pedindo beijinhos. Que isso o irrita muito, porque parece não perceber que está estressado com o vizinho e que quando está um pouco mais tranqüilo, parece que ela precisa incomodá-lo. Insiste dizendo que quer entender o que significa esses pedidos tão recorrentes e insistentes por beijinhos. Ana fica atônita, sem chão, como alguém que tinha um pacto com outro e, de repente o outro quebra o pacto sem avisá-la. E ele vai adiante dizendo que para ele o que significa esse pedido compulsivo dela é: um mecanismo que transfere a ele sua angústia, sua ansiedade mal canalizada, e o seu fardo vai para ele. “Fico tenso, vira uma bola de neve e não para.”

LOLA E LEONARDO

A conversa esquisita, conversa onde nada é dito. Depois, Lolex.

LOLA E ANA

Não tem relação, em nenhum momento

A FESTA NA CASA DE LEONARDO

Victor à vontade e seu deleite na poltrona

A FAMÍLIA E A EMPREGADA

Leonardo é um designer industrial reconhecido que vive com sua esposa Ana, professora de yoga, sua filha Lola, uma menina de mais ou menos 11 anos e a empregada Elba que parece ser um elemento bastante integrado à família e articulador mesmo da mesma.

Leonardo se incomoda com as coisas que Elba usa estragadas ou quebradas.

LEONARDO

Chama atenção quando Leonardo pede a ela que limpe as sujeiras mais escondidas e difíceis do banheiro. Uma metáfora importante para pensarmos o lugar que ele destina a ela para dar conta de sua dinâmica obsessiva, fiscalizadora, controladora, que precisa acreditar que tudo vê e que nada o escapará.

Com sua filha, fica clara sua dificuldade, em se aproximar, em se contactar. Indica querer uma proximidade com a filha, mas os recursos são visivelmente falhos. Realiza protocolos de atenção paterna, mas não consegue afetiva e realmente acessar a filha, como se lhe faltasse o principal: disponibilidade e coragem para se ver e encontrar o outro.

Leonardo parece passar por tudo rapidamente, com uma fala pragmática e um humor pseudo-inteligente que o manteria longe do outro.

Chama atenção também que Leonardo de alguma forma precise através de uma piada inteligente minimizar ou desbastar a mítica do que os alunos têm a aprender com o famoso arquiteto e com sua casa. Ele parece não estar confortável com alguns aspectos da imagem que construiu e que são apreendidos pelo social: a famosa casa onde mora, quando diz aos jovens estudantes que não sigam tanto os professores e sim suas intuições e ao rejeitar a divulgação de seu trabalho com os grupos aborígenes.

Ao mesmo tempo, que precisa construir uma posição subjetiva próxima ao que pensa ser o famoso arquiteto, precisa fazer a desconstrução disso, dizendo não se importar com o que a semelhança sígnica propõe. Precisa desconstruir para fora aquilo mesmo que construiu como imagem, como se ao fazer isso não se visse, e não o vissem, tão cópia ou réplica da sua grotesca caricatura.

A caricatura aí denunciaria sua cafonice, sua inferioridade e suas falhas.

Na verdade, Leonardo parece transitar entre uma posição de sucesso e de tédio, um nonsense, para esconder ou não acessar suas dores. “Vazio psicológico”?

Leonardo tenta não se afligir com os barulhos do vizinho. Mas, está claramente perturbado. Fecha os ouvidos, mas ainda assim não consegue se concentrar.

Leonardo “brinca” no computador com bonequinhos em labirintos e essa parece ser uma boa imagem de si mesmo.

A impaciência arrogância e prepotência de Leonardo na entrevista e com seu alunos fala de um sujeito que está mal consigo mesmo.

As marteladas, o barulho provocado pelo vizinho parece golpear justo sua posição narcísica de renomado professor, intelectual e designer mundialmente reconhecido principalmente pela criação de sua brilhante poltrona.

O vazio dessa posição era preenchido até aqui pela aparente inviolabilidade de sua imagem. Quando isso é desrespeitado, ignorado, o Victor invade a estética da sua casa e adentra a sua casa com uma visão que ele não imagina que alguém possa ter dele, e não consegue manter-se nessa posição subjetiva.

Leonardo e os amigos: superficialidade e prepotência

Quando berra com o tio Carlos parece uma pessoa de verdade

Leonardo não consegue trabalhar, perde prazos, não consegue dormir.

O ARQUITETO E LEONARDO

O arquiteto que parece alguém relativamente próximo, conhecido, está sentado na poltrona que Leonardo criou e percebe o quanto ela é confortável. Elogia, e Leonardo começa a descrever o que é e o que pode a poltrona: “é confortável e permite várias posições e todas são boas, a base é esférica, o ponto de apoio não é único, então ela balança para todos os lados. O arquiteto diz: “estou vendo, é como se eu flutuasse”. Leonardo diz: “é, a ideia é essa, mas com movimento orgânico, e você não cai, tem um contrapeso na base que dá estabilidade.”

E o que parece é que a poltrona é de fato um projeto muito bem sucedido onde Leonardo consegue materializar, sintetizar, reunir em um só lugar, num conceito, aquilo que ele gostaria de poder fazer, realizar, na sua vida, nas suas relações: estar em qualquer posição, confortável, seguro, com movimentos orgânicos, naturais, sem precisar ter medo ou ter ameaças riscos. Um lugar, uma posição subjetiva que pudesse de fato relaxar, ter uma trégua, uma paz interna.

O BOTÃO DE PÂNICO É ACIONADO

A CENA FINAL

A cena final chama muito a atenção, pois Victor está sentado quase morrendo e Leonardo manda Elba, Ana e Lola saírem dali. Ele fica com o telefone na mão tentando de maneira letárgica chamar uma ambulância e não parece fazer isso de verdade, com efetividade.

Fica com seu telefone fálico na mão, quase que inerte, sem conseguir fazer coisa alguma, até Victor morrer de fato, na sua frente ou ao como revela o nome do filme, ao seu lado. Nessa altura, esse estranho já era alguém familiar, próximo, vizinho. Mas, ainda assim, ou até por isso, ele não consegue fazer quase nada com isso.